Qui. Abr 24th, 2025

População invade mina de turmalinas e cria equipa para explorar

Está instalada uma confusão na mina de turmalinas de Nhampassa. Populares que tomaram a mina há cerca de seis meses, já criaram uma cooperativa para explorar o minério, num espaço que tem concessão mineira até 2040.

A recente invasão da mina de turmalinas em Nhampassa por populares foi motivada pelo facto de os residentes locais alegarem que a empresa Sociedade Mineira de Nhampassa, Sominha Limitada não estava a cumprir com a sua responsabilidade social, o que motivou a ocupação da área concessionada e com título de exploração válido até 2040.

“A empresa não cumpriu com os deveres que tinha. Não construiu hospitais, nem deu emprego”, disse um garimpeiro

No entanto,  as imagens no terreno contrastam com essas alegações. Houve várias acções comunitárias realizadas pela empresa, entre as quais a construção de habitações, a edificação do mercado de Nhampassa, a construção da Escola Primária de Nhadue, a reabilitação de salas de aula em Nhampassa. Sobre as casas serem pequenas, a Sominha Limitada diz que as mesmas destinam-se a pessoas carenciadas.

“Naquele sítio tem 250 a 260 talhões. Então vai se construir, por ano, dez casas, são casas para pessoas velhas, idosas ou aquelas viúvas que estão sozinha e não têm a ajuda de ninguém. Por isso foram feitas aquelas casas com dois compartimentos, porque ela está sozinha (…)”, explicou  Shiraj Nadat, representante da Sominha Limitada.

Além dessas acções a concessionária ofereceu duas ambulâncias, uma ao Hospital Rural de Catandica e outra ao Centro de Saúde local.

Entretanto, os populares podem ter agido de má fé, com o intuito de se apoderarem da mina, precisamente no momento em que a Sociedade Mineira de Nhampassa, que já gastou mais de 100 milhões de meticais se preparava para iniciar a fase de extracção, após anos de preparação, desde o início das suas actividades em 2013.

Aliás, um grupo de indivíduos criou uma cooperativa mineira denominada Manoassaca, conforme atesta um Boletim da República, que tem como objectivo explorar o recurso na mesma área da concessionária Sominha, limitada.

Sobre o assunto, o advogado André Júnior diz que a Cooperativa mineira ora criada não pode operar numa área concessionada.

A empresa de empresários nacionais diz que a invasão da sua mina compromete os seus planos de exploração, embora mantenha o compromisso de desenvolver projectos que beneficiem a população local.

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