
O cardeal italiano Giovanni Angelo Becciu foi destituído de suas funções pelo Papa Francisco em setembro de 2020, após ser acusado de envolvimento em escândalos financeiros, incluindo o uso indevido de fundos da Igreja para a compra de um imóvel de luxo em Londres.
Em dezembro de 2023, Becciu foi condenado pelo Tribunal Penal do Vaticano a cinco anos e meio de prisão por fraude fiscal, abuso de poder e malversação de fundos, tornando-se o primeiro cardeal a ser julgado penalmente no Vaticano.
Apesar de ter sido destituído de suas funções e direitos associados ao cardinalato, não houve uma expulsão formal do Colégio Cardinalício nem uma renúncia escrita por parte de Becciu, o que gerou interpretações legais ambíguas sobre sua situação.
Recentemente, após a morte do Papa Francisco, Becciu apareceu no Vaticano e participou da primeira reunião das congregações gerais, encontros preliminares ao conclave.
Ele alegou que ainda tem o direito de participar da eleição do novo papa, argumentando que sua exclusão não foi formalizada por um ato jurídico explícito. A decisão sobre sua participação no conclave será tomada pelo decano do Colégio Cardinalício, Giovanni Battista Re.