
Em sua fazenda escondida em um vale idílico perto do Mar Egeu, o apicultor Huseyin Ceylan ajuda as pessoas a se recuperarem de doenças fazendo com que elas inalem o ar das colmeias.
Ceylan diz que as pessoas vêm regularmente no final da primavera para Karaburun, na província costeira do Mar Egeu, na Turquia, principalmente para complementar o tratamento convencional com a tradicional “apiterapia”, um termo derivado do grego para abelhas
Os hóspedes costumam ficar vários dias em cabanas com muita vegetação, respirando o ar das colmeias por até três horas por dia, o que, segundo Ceylan, ajuda com problemas que vão de alergias a enxaquecas.
O governo não reconhece oficialmente a terapia, embora ela seja praticada por muitos outros apicultores na Turquia, bem como em outros países, incluindo Alemanha e Rússia.
Ceylan, que vem de uma família de apicultores e estudou agricultura, iniciou sua fazenda de abelhas em Karaburun há 30 anos. Ele vem fazendo lobby há anos para que o setor seja aceito, conduzindo pesquisas e apresentando resultados a autoridades.
“Não somos contra o que chamamos de medicina ocidental. Afinal, ela também é muito importante”, disse ele, acrescentando que seu método anda de mãos dadas com o tratamento convencional.
“Faço isso há quinze anos, tentando levar isso para a medicina.”
Ulku Ozman, 69, decidiu experimentar o método terapêutico depois que uma amiga o sugeriu, quando várias cirurgias e o uso frequente de medicamentos enfraqueceram seu sistema imunológico.
Em sua visita de quase uma semana, Ozman e outros entram em uma cabine onde ventiladores conectados a colmeias fornecem ar.
Cada sessão dura 45 minutos, com os participantes se deslocando a cada 15 minutos para respirar em três colmeias diferentes, cada uma com um cheiro diferente. Os participantes pagam cerca de 5.000 liras (US$ 128) por dia pelo tratamento, além de acomodação e alimentação.
Sentados em frente às colmeias com ventiladores no rosto, os convidados respiram profundamente.