Qui. Abr 24th, 2025

Motivos que levou a França e EUA se unirem contra Ibrahim Traoré

Burkina Faso é um dos maiores produtores de ouro da África e também abriga vastas reservas de cobre, zinco, manganês e fosfatos

Desde que o Capitão Ibrahim Traoré assumiu o poder, seu governo adotou uma série de medidas que confrontaram diretamente os interesses neocoloniais da França:

-Revogou acordos considerados exploratórios;

-Anulou políticas econômicas que legitimavam a supremacia francesa sobre os recursos nacionais;

-Expulsou as bases militares francesas, instaladas sob o pretexto de combater o terrorismo, mas que, na prática, fomentavam a instabilidade ao fornecer treinamento e equipamentos a grupos terroristas;

-Nacionalizou diversas minas de ouro;

-Criou um Banco Central e retomou o controle sobre as políticas monetárias, que antes eram ditadas pela França;

-Encerrou as atividades da embaixada francesa, suspendeu a emissão de vistos para cidadãos franceses e rompeu qualquer laço diplomático com o antigo colonizador

Em 27 de agosto, o governo finalizou a compra das minas de ouro e inaugurou uma refinaria nacional para processar o minério localmente, ao invés de enviá-lo ao Ocidente. Paralelamente, Burkina Faso firmou novos acordos de segurança com países como Rússia, China, Turquia e Arábia Saudita, além de parcerias energéticas com a Coreia do Norte e outros Estados

Essa reestruturação em menos de 3 anos promoveu avanços significativos na soberania social, econômica e política do país

No entanto, os EUA e a França, insatisfeitos com a perda de controle sobre esses recursos estratégicos, agora acusam o presidente Traoré de utilizar o ouro nacional para fins de proteção pessoal, ignorando os claros benefícios trazidos ao povo burquinabê

Contudo, como afirmam reiteradamente os líderes da Aliança dos Estados do Sahel (AES):
“África não é uma sucursal dos países ocidentais. Nossa soberania é inegociável e deve ser exercida em prol dos povos africanos. Nossas alianças devem ser feitas livremente, sem interferência externa”

Que os americanos lutem pela América, na América. Porque a África pertence aos africanos e deve ser construída por e para os africanos

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