Considerado uma das aeronaves mais sofisticadas do mundo, o bombardeiro B-2 Spirit é uma peça central da estratégia militar norte-americana para ataques de longo alcance e alta precisão. Com capacidade de contornar os sistemas de defesa inimigos sem ser detectado, o B-2 ganhou notoriedade por alegadas operações em territórios hostis, como o alegado ataque ao complexo nuclear subterrâneo de Fordow, no Irão.

Com um design futurista em forma de asa voadora, o B-2 foi construído com foco na furtividade. A sua estrutura e revestimento especial reduzem significativamente a assinatura nos radares, permitindo-lhe penetrar em áreas fortemente protegidas. “É uma plataforma feita para entrar onde nenhuma outra conseguiria chegar”, afirmam analistas militares.

O bombardeiro pode transportar até 18 toneladas de armamento, incluindo bombas convencionais, ogivas nucleares e munições especializadas, como as bombas penetrantes capazes de destruir alvos fortificados a grande profundidade. O seu raio de acção ultrapassa os 11 mil quilómetros, podendo alcançar qualquer ponto do planeta a partir de bases norte-americanas, sem necessidade de reabastecimento.

O custo de cada unidade ultrapassa os dois mil milhões de dólares, um investimento justificado pela tecnologia de ponta, capacidades únicas e importância estratégica. Apenas 21 B-2 foram construídos, e menos de vinte continuam operacionais, mantidos sob rigorosas condições de manutenção.

Segundo fontes internacionais, o B-2 terá sido usado em operações contra o complexo nuclear de Fordow, uma instalação subterrânea altamente reforçada localizada no Irão. O ataque visava neutralizar instalações associadas ao enriquecimento de urânio, utilizando bombas de grande penetração que apenas o B-2 tem capacidade de transportar e lançar com precisão a partir de grandes altitudes, sem ser detectado.

Embora o governo dos EUA não confirme oficialmente tais operações, especialistas em defesa acreditam que o uso do B-2 nesta missão visou demonstrar a capacidade dos Estados Unidos de atingir qualquer alvo, em qualquer parte do mundo, mesmo os mais protegidos.

Além do seu papel operacional, o B-2 integra a tríade nuclear dos EUA, ao lado dos submarinos e mísseis balísticos intercontinentais. O seu objectivo vai para além da guerra: é também um símbolo de dissuasão e superioridade tecnológica no actual equilíbrio de forças global.