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VIH mata 44 mil pessoas por ano em Moçambique

Maputo — O Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) continua a ser uma das principais causas de morte em Moçambique, com uma média anual de cerca de 44 mil óbitos atribuídos à doença. Os dados, revelados por autoridades de saúde, evidenciam o impacto contínuo da epidemia no país, apesar dos avanços no tratamento e na consciencialização pública.

Actualmente, estima-se que cerca de dois milhões de moçambicanos vivem com o VIH e estão em tratamento antirretroviral. No entanto, o número real de infecções poderá ser superior, tendo em conta que há muitos casos que não estão registados oficialmente, quer por falta de diagnóstico, quer por receio de estigmatização.

Especialistas alertam que, embora tenha havido progressos significativos no acesso ao tratamento, a taxa de novas infecções permanece elevada, sobretudo entre os jovens e mulheres em idade reprodutiva. A pobreza, a desinformação, o fraco acesso aos cuidados de saúde e as desigualdades sociais continuam a ser factores que alimentam a propagação do vírus.

As autoridades de saúde reforçam a importância do rastreio regular, do uso do preservativo e da adesão ao tratamento para travar o avanço da doença. “Cada vida perdida é uma chamada de atenção para que a luta contra o VIH continue a ser prioridade nacional”, sublinhou um responsável do Ministério da Saúde.

Organizações da sociedade civil, com o apoio de parceiros internacionais, têm intensificado campanhas de prevenção e testagem comunitária, com o objectivo de alcançar a meta de erradicar a transmissão do VIH até 2030.

 VIH mata 44 mil pessoas por ano em Moçambique

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