As palavras do assessor de Venâncio Mondlane, Dinis Tivane, em resposta ao blogueiro Beleza em Pessoa, ecoam um sentimento profundo sobre a natureza das crises e seu impacto nas relações sociais e políticas em Moçambique. Em uma análise contundente, Tivane discorreu sobre como as crises podem revelar a verdadeira essência das pessoas e dos grupos que nos cercam.
“As crises são muito, muito, mas muito importantes. Elas funcionam como um divisor de águas. Criam lados e unem pessoas”, afirmou Tivane. Essa afirmação ressalta que momentos de adversidade não apenas testam a resiliência de uma sociedade, mas também delineiam quem realmente está ao nosso lado em tempos difíceis. Ele enfatiza que a caminhada para a mudança é longa e repleta de desafios, e que é crucial não nos decepcionarmos com aqueles que esperam que a revolução ocorra como em filmes americanos.
O assessor de Mondlane citou o icônico líder da resistência moçambicana, Jonas Savimbi, que disse: “Muito optimismo é imprudência!” Tivane complementou essa reflexão com sua própria visão: “Muita fé e crença nas pessoas, individualmente, é manifesta estupidez.” Para ele, a confiança deve ser depositada no povo como um todo, e não em indivíduos que podem falhar. Essa perspectiva é especialmente relevante em um contexto político onde traições e desilusões são frequentes.
Tivane também destacou a importância do conhecimento contínuo das pessoas ao nosso redor. “Conhecer as pessoas é um processo contínuo e permanente!”, enfatizou. Essa frase sugere uma necessidade constante de vigilância e discernimento nas relações interpessoais e políticas.
A mensagem termina com um chamado à unidade: “Anamalala! Salve Moçambique!” Essa expressão reflete não apenas um desejo de perseverança, mas também uma convocação para que os cidadãos se mantenham firmes e solidários uns com os outros diante das adversidades.
Este discurso de Dinis Tivane ressoa profundamente com muitos moçambicanos que buscam mudanças significativas em meio a crises políticas e sociais. Sua visão crítica oferece uma nova forma de encarar os desafios do país, lembrando-nos da importância da coletividade na busca por justiça e progresso.