Qua. Abr 16th, 2025

PGR considera inferior 8 anos de prisão à que seria aplicado em Maputo

A Procuradoria-Geral da República (PGR) gosta de distrair os moçambicanos. Quando estamos calados, a pensar na nossa vida que não anda, lá está a PGR com algumas das suas inesgotáveis piadas. Desta vez diz que a condenação do ex-ministro das Finanças, Manuel Chang,  nos Estados Unidos a oito anos e meio de prisão por fraude não beneficiou Moçambique por ser “muito inferior” à que seria aplicada em Maputo.

A PGR já mandou alguém para ir ver em que cadeia está Manuel Chang nos EUA?  Se continua no Metropolitan Detention Center (MDC), em Brooklyn, não deve ter a vida facilitada.  O MDC é afamado pelo caos existente e péssimas condições em que vivem os reclusos. Uma matéria publicada por um jornal norte-americanos, logo apos a prisão do rapper Diddy, dizia que alguns juízes hesitavam em enviar condenados para a prisão devido às péssimas condições do local.

Há  alegações de supervisão inadequada, agressões desenfreadas e falta de cuidados médicos suficientes. Mencionou-se o caso de um recluso que foi esfaqueado várias vezes e  relatou não ter recebido cuidados médicos, ficando trancado na sua cela por 25 dias.

Os amigos de Chang que estão no Língamo curtem numa wella. Há relatos de que saem para as suas casas ou as damas entram ali para as farras promovidas todos os fins-de-semana regadas com bebidas importadas. É dinheiro do povo! Então, Chang podia ter sido condenado a 40 anos de prisão aqui e ser deixado no Língamo. A esposa não lhe teria abandonado. Continuaria a beber o seu whiskey, a ouvir músicas do seu gosto  ou mandar vir a Liloca para uma actuação privada. Dirigiria os seus negócios como quem está lá presente. É isto que a PGR queria?

Diodino Cambaza, aquele que dirigiu os Aeroportos e roubou e foi condenado por isso, tinha uma poltrona à altura na Cadeia Central. Uma cela preparada para si. Bebia bebidas importadas e lia revistas estrangeiras. E quando saiu, foi assessorar a mesma empresa que roubou. Portanto, a PGR se quer brincar, faça-o com incautos, os distraídos. Até porque todos esses das dívidas ocultas e o seu líder, dono daquela tirada “o sangue cresce muito”, deviam ter sido todos mandados para os EUA. Iriam chupar e bem.

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