Entre Maio e Junho de 2025, as forças de defesa e segurança do Burkina Faso, com o apoio dos Voluntários para a Defesa da Pátria, levaram a cabo vastas operações de reconquista do território nacional. Esta fase assinala um ponto de viragem estratégico na luta contra os grupos armados terroristas, marcada por uma ofensiva determinada e coordenada em várias frentes.

Segundo o relato do jornalista Bienvenue Taonsa, os militares — conhecidos no terreno como os “Boys” — conseguiram infligir duras baixas aos grupos terroristas, desmantelando posições e linhas de retirada dos inimigos. As operações decorreram de forma intensa, combinando ataques aéreos e terrestres, missões de abastecimento estratégico, confrontos directos e embates prolongados no terreno.

Na região do Sahel, centenas de combatentes terroristas foram neutralizados. Fontes militares indicam que alguns foram enviados “directamente para o inferno”, expressão usada no terreno para ilustrar a contundência das acções. Perante a potência de fogo das forças burquinabes, várias colunas inimigas entraram em debandada, abandonando armamento, munições e viaturas.

Junto à fronteira com a Costa do Marfim, as forças de segurança mantiveram a pressão, não concedendo tréguas aos atacantes. Ali, uma série de operações cirúrgicas permitiu aniquilar células terroristas, destruir bases logísticas e desactivar diversos pontos de concentração inimigos.

A liderança militar destacou a coragem e o profissionalismo dos efectivos envolvidos, sublinhando que o país está agora numa fase em que não se limita a resistir, mas avança com determinação para retomar o controlo total do território. Esta mudança de paradigma foi bem acolhida pelas populações locais, que começam a recuperar a confiança e a esperança.

“Já não estamos apenas na defensiva. Cada zona sob ameaça é agora alvo de uma ofensiva metódica e implacável”, afirmou Taonsa, sublinhando a importância da coordenação entre as forças no terreno e os meios aéreos. Para muitos, os êxitos alcançados nas últimas semanas assinalam o início de uma nova era na luta contra o terrorismo no Burkina Faso.