
Maputo MozToday, 15 de maio de 2025 – Após um período de silêncio sustentado por questões éticas, a RENAMO decidiu divulgar os nomes dos supostos mandantes por trás de atos que vêm desestabilizando o partido. A revelação, segundo fontes internas, surge como resposta à persistência de ações que comprometem a coesão e funcionamento da organização política.
Segundo comunicado, os principais responsáveis pela alegada desestabilização são Elias Dhlakama — apontado como alguém que “quer ser presidente da RENAMO a todo custo” — e os antigos deputados Muchanga, Magumisse e Muchacuare, que, após não verem seus mandatos renovados, estariam manifestando insatisfação com a liderança do atual presidente, Ossufo Momade.
De acordo com o partido, esses membros são apontados como financiadores das ações que resultaram na destruição e encerramento de várias delegações políticas da RENAMO em diferentes províncias do país. “São patrocinadores de toda a logística dos infractores”, refere o comunicado.
A direção do partido afirma ainda que, embora tenha tentado evitar a exposição pública desses nomes, a gravidade dos atos levou à decisão de torná-los públicos. “A paciência tem limites e não se pode confundir liberdade de expressão com libertinagem”, declara o documento.
O partido defende que tais comportamentos ultrapassam os limites da política e se configuram como atos criminais. Por isso, apela à intervenção da Polícia da República de Moçambique para agir em conformidade com a lei.
As instâncias superiores da RENAMO serão agora responsáveis por avaliar o caso e aplicar eventuais medidas disciplinares, com base nos estatutos e regras internas da organização.