
O político moçambicano Venâncio Mondlane regressou esta semana ao país, depois de cumprir uma agenda política na Austrália, e foi recebido em festa por simpatizantes no Aeroporto Internacional de Maputo. A chegada acontece dias após o Conselho Constitucional ter aprovado oficialmente o seu novo partido, a Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autônomo (Anamola).
Mondlane tem sido uma das vozes mais ativas da oposição nos últimos anos, com um percurso marcado pela passagem pela FRELIMO, pelo MDM e pela RENAMO. Em 2024, concorreu às eleições presidenciais pelo PODEMOS, partido pelo qual reivindicou vitória, acusando a FRELIMO e o Conselho Constitucional de fraude eleitoral.
No entanto, a relação entre Mondlane e o PODEMOS deteriorou-se rapidamente após o sufrágio. Divergências internas sobre a gestão do partido e sobre a estratégia política a seguir levaram à sua saída. Fontes próximas do político sublinham que Mondlane pretendia maior autonomia e espaço para consolidar o seu projeto, o que resultou na criação do Anamola.
Segundo o líder, o nome do novo partido significa Aliança Nacional para o Moçambique Livre e Autônomo e simboliza “um passo decisivo para a construção de um país justo, independente e onde o povo seja o verdadeiro protagonista do seu destino”.
Analistas políticos consideram que a aprovação do Anamola representa uma nova fase na trajetória de Mondlane, que procura transformar o movimento numa alternativa sólida à hegemonia política vigente em Moçambique.










