
A companhia Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) volta a estar envolvida em polémica, após informações que circulam nas redes sociais darem conta de que uma auditoria interna teria detetado gastos anómalos de cerca de 48 milhões de meticais em serviços de tradução de documentos legais.
Segundo as mensagens amplamente partilhadas em grupos de WhatsApp, o esquema envolvia a criação de uma empresa fantasma que teria sido contratada para traduzir documentos jurídicos da transportadora aérea. A empresa, de acordo com os relatos, emitia facturas forjadas, elevando artificialmente os valores pagos, embora parte do trabalho tenha sido entregue a um tradutor juramentado.
As mesmas fontes indicam que cinco funcionários foram suspensos, entre eles colaboradores do Departamento Financeiro e do Gabinete Jurídico da empresa. Entre os nomes mencionados informalmente constam Clérgio Muhate e Henrique Comiche, alegadamente ligados à gestão financeira e jurídica, respetivamente.
Até ao momento, a LAM não se pronunciou oficialmente sobre o caso, e não há qualquer confirmação pública das suspensões referidas.
Por outro lado, as organizações da sociedade civil e instituições de monitoria da governação ainda não se pronunciaram sobre esta nova denúncia, aguardando-se, entretanto, uma eventual posição oficial da transportadora ou das autoridades competentes.
Esta revelação surge num contexto delicado para a companhia aérea nacional, que se encontra sob auditoria forense ordenada pelo Governo, com o objetivo de apurar alegadas irregularidades financeiras e práticas de corrupção que terão contribuído para o seu estado de quase colapso operacional.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) já confirmou anteriormente que existem processos em curso relacionados com a LAM, envolvendo suspeitas de desvio de fundos, contratos irregulares e má gestão.
Enquanto o caso não é oficialmente esclarecido, cresce a expectativa pública por transparência e responsabilização num dos setores mais estratégicos do Estado moçambicano. Continue lendo










