
Os profissionais de saúde vão suspender o atendimento hospitalar fora do horário normal, das 7h30 às 15h30, e não irão trabalhar aos feriados e fins de semana, como forma de exigir condições de trabalho e pagamento de horas extras, por parte do Governo. Esta é a primeira fase do que a direção da APSUM chama de greve.
A informação foi avançada, esta segunda-feira, durante uma conferência de imprensa, dirigida pelo presidente da Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUM), que voltou a acusar o Governo de nada fazer para atender os anseios da classe.
“A falta de observância de pagamentos das horas extras, subsídios de turno e até do descanso semanal recomendado pela lei reflectem aos profissionais de saúde a suspensão do horário de trabalho em turnos, como forma de garantir ao Governo a tranquilidade no cálculo e na busca de orçamento para os devidos pagamentos” explicou Anselmo Muchave, presidente da Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique.
A direção da APSUM recomenda ainda que os profissionais de saúde que se aperceberem da falta de materiais de trabalho nos seus sectores não tentem nenhuma forma alternativa, mas aguardem pelo provimento do lado do Governo.
“Este Governo não está a ser sério. Diferente do passado, não estamos a ter respostas fora da desonestidade que temos vindo a ver desde o início da ronda de negociações”, acusou a fonte.
Sem avançar o prazo da medida, o presidente da APSUM afirma que os progressos na qualidade da greve vão depender da vontade do Governo liderado por Daniel Chapo.