Qui. Mai 29th, 2025

Autoridades moçambicanas sinalizam recuo de insurgentes na Reserva do Niassa

As autoridades moçambicanas afirmam haver “indicações claras” de retirada dos grupos armados responsáveis pelos recentes ataques na Reserva Especial do Niassa, no norte do país. Apesar disso, reconhecem que a situação na região continua tensa e exige vigilância constante.

“Continuamos ainda com um ambiente desafiante, mas temos indicações claras de que os insurgentes estão a deslocar-se para fora da reserva. Este cenário traz um sinal de esperança e abre espaço para pensarmos no futuro da área após este período de tensão”, declarou Pejulo Calenga, diretor-geral da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), em declarações à comunicação social.

A Reserva Especial do Niassa foi palco, em abril, de ataques atribuídos a grupos rebeldes, que resultaram em pelo menos dois mortos e dois desaparecidos. Nos últimos dias, o grupo extremista Estado Islâmico reivindicou, através dos seus canais de propaganda, a autoria de um ataque na província, alegando ter feito três vítimas mortais.

Segundo Calenga, a situação na reserva é monitorada diariamente pelas autoridades. “Estamos a trabalhar para assegurar que, num futuro próximo, tenhamos a situação totalmente controlada”, afirmou.

A REN, uma das maiores áreas de conservação do país, tem sido alvo de preocupações crescentes devido à presença de insurgentes ligados ao extremismo islâmico, que desde 2017 têm protagonizado ataques na província vizinha de Cabo Delgado e, mais recentemente, expandido as suas ações para o Niassa.

As autoridades destacam que, apesar dos avanços no terreno, a vigilância e a cooperação entre forças de defesa, conservação e comunidades locais continuam essenciais para restaurar a estabilidade na região.

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