O foguetão Starship, da empresa norte-americana SpaceX, desintegrou-se esta segunda-feira sobre o Oceano Índico, cerca de meia hora após ter descolado com sucesso da base de lançamento da empresa, no Texas. O incidente ocorreu durante o nono voo de teste da nave, que, apesar de ter atingido a órbita terrestre, voltou a falhar durante a fase de reentrada na atmosfera.
Segundo informações divulgadas pela própria SpaceX, o voo sofreu uma “desmontagem rápida não programada” – expressão frequentemente utilizada pela empresa para se referir a explosões ou perda total da nave. A falha terá sido provocada por um vazamento de combustível, que resultou numa perda de pressão nos tanques principais e na subsequente perda de controlo do veículo.
Outro contratempo registado durante o voo foi o não funcionamento da porta do compartimento de carga, o que impediu a libertação dos oito satélites simulados do programa Starlink que seguiam a bordo.
Apesar de mais este revés, a SpaceX mantém o objectivo de desenvolver um sistema de lançamento totalmente reutilizável, peça-chave nos planos da empresa para futuras missões tripuladas à Lua e a Marte. “Cada teste traz-nos dados valiosos que nos ajudam a melhorar”, afirmou um porta-voz da companhia, sublinhando que novos lançamentos estão já previstos para os próximos meses.
Este foi o terceiro teste falhado da Starship em 2025, depois de dois incidentes semelhantes em Janeiro e Março. Ainda assim, a empresa liderada por Elon Musk conta com o apoio da NASA, que contratou a Starship como parte do programa Artemis, destinado a levar astronautas de novo à superfície lunar a partir de 2027.
A missão de segunda-feira visava, entre outros objectivos, testar a capacidade de reentrada da nave e a libertação de carga em órbita. Com mais este insucesso, levantam-se novas dúvidas quanto à viabilidade dos prazos estabelecidos para os ambiciosos projectos interplanetários da SpaceX.