Washington, 17 de Junho — As Forças Armadas dos Estados Unidos reforçaram esta terça-feira a sua presença militar no Médio Oriente com o envio de mais caças de última geração, incluindo os avançados F-22 Raptor e F-35 Lightning II, noticiou a agência Reuters. A movimentação inclui ainda aviões de reabastecimento em voo e um segundo porta-aviões, intensificando as preocupações sobre uma possível escalada militar na região.

O aumento do poder aéreo norte-americano alimenta especulações de que Washington poderá estar a preparar-se para intervir directamente no conflito em curso, em apoio a Israel. Contudo, analistas admitem que este reforço possa ter como principal objectivo o fortalecimento das defesas antiaéreas israelitas, num contexto de crescente tensão com o Irão e seus aliados na região.

Paralelamente, numa entrevista concedida a bordo do avião presidencial Air Force One, o ex-Presidente Donald Trump negou ter procurado contactos com Teerão para discutir um eventual cessar-fogo. “Não estou à procura de um cessar-fogo. Estou à procura de algo melhor: que o Irão ceda completamente”, afirmou, acrescentando que o seu objectivo é alcançar “um fim real” para o conflito.

As declarações de Trump surgem num momento em que se intensificam os confrontos e as movimentações diplomáticas, com a comunidade internacional a apelar à contenção. O envio de forças militares por parte dos EUA poderá, contudo, redefinir o equilíbrio de poder no terreno e dificultar a mediação de um acordo duradouro.