
Na noite de terça-feira, 7 de outubro de 2025, insurgentes islâmicos invadiram a mesquita do bairro de Milamba, na vila de Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado. Durante cerca de vinte minutos, os atacantes concentraram parte da população no interior do templo e exibiram uma bandeira negra com inscrições árabes, identificada como a “bandeira de Subuwana Wuatala”.
Um dos insurgentes declarou que “não existe bandeira de Filipe Nyusi nem de Daniel Chapo. A única bandeira válida é a de Subuwana Wuatala”, incitando os presentes a “não temer morrer pela religião”. Apesar de entrarem em áreas sagradas da mesquita, incluindo o espaço reservado às mulheres, não houve vítimas humanas nem danos materiais registrados. Após a ação, os insurgentes fugiram para as matas próximas, mantendo-se em refúgio.
Entrevistados na STV, o analista político Anísio Buanaissa alertou para a possibilidade de desestabilização e insurgência na vila, salientando que, mesmo recorrendo a menos violência, os grupos armados continuam a ganhar espaço na região. Simião Nhambe reforça a preocupação, afirmando que sinais de desestabilização são evidentes e que o governo está a perder a aliança com a população, fragilizando os esforços para restabelecer estabilidade e confiança na região.
Especialistas destacam que a entrada em mesquitas e a comunicação direta com a população fazem parte de uma estratégia deliberada dos insurgentes para ganhar apoio local, recrutar simpatizantes e difundir a sua ideologia radical. Embora aleguem agir em nome do Islã, líderes religiosos e a sociedade civil condenam fortemente estas ações.
A comunidade muçulmana local vive um clima de receio, temendo que a radicalização e a violência se intensifiquem, enquanto as autoridades continuam a monitorar a situação e a trabalhar com lideranças comunitárias para garantir segurança e estabilidade em Mocímboa da Praia.
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