O número de mortos provocado pelas inundações e deslizamentos de terra que atingiram a ilha de Sumatra, na Indonésia, subiu para 442, de acordo com o mais recente balanço divulgado pela Agência Nacional de Gestão de Catástrofes (BNPB). As operações de busca continuam, numa corrida contra o tempo para encontrar sobreviventes em meio a cenários de devastação total.
Equipes de resgate, compostas por militares, bombeiros e voluntários, percorrem áreas onde rios transbordaram, aldeias foram destruídas e extensas zonas ficaram cobertas por lama, detritos e troncos arrastados pela força da água. As autoridades confirmam ainda que centenas de pessoas permanecem desaparecidas, o que faz temer que o número de vítimas possa aumentar nas próximas horas.
A BNPB sublinha que os primeiros esforços de salvamento foram dificultados pela falta de maquinaria pesada, essencial para remover grandes blocos de terra e árvores que bloquearam acessos fundamentais. Em várias regiões, as estradas estão destruídas ou intransitáveis, obrigando as equipas a chegar a pé ou por via aérea.
Imagens divulgadas mostram socorristas a trabalhar em terreno íngreme e instável, onde o risco de novos deslizamentos permanece elevado. A população local continua a procurar familiares, enquanto milhares de deslocados se encontram abrigados em centros temporários, à espera de assistência humanitária.
O governo indonésio declarou estado de emergência e reforçou o apelo internacional para apoio logístico, nomeadamente helicópteros adicionais e equipamento de escavação. A previsão de mais chuva nos próximos dias aumenta a tensão e dificulta os trabalhos de resgate.
As inundações em Sumatra tornam-se já numa das piores tragédias naturais registadas no arquipélago nos últimos anos, reacendendo o debate sobre a vulnerabilidade do país face a fenómenos climáticos extremos e à necessidade urgente de reforçar os sistemas de prevenção e resposta a desastres.
