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Oxford Economics aponta possível exigência do FMI para desvalorização do metical

A consultora internacional Oxford Economics levantou a hipótese de que o Fundo Monetário Internacional (FMI) poderá exigir a desvalorização do metical como uma das condições para um futuro acordo financeiro com Moçambique. A previsão surge num momento em que a economia nacional enfrenta forte pressão cambial, redução das reservas internacionais e níveis elevados de endividamento.

De acordo com a análise divulgada, a posição do FMI não está formalmente confirmada, mas a consultora considera provável que a instituição internacional venha a recomendar um ajustamento cambial, caso o Governo avance para um novo programa de assistência económica. Para a Oxford Economics, a moeda moçambicana encontra-se sobrevalorizada e a correcção poderá ser vista pelos parceiros internacionais como um passo necessário para equilibrar a balança de pagamentos.

Nos últimos meses, o metical tem registado perdas importantes face às principais moedas internacionais, agravando os custos de importação e pressionando a inflação interna. Analistas defendem que uma desvalorização controlada pode aliviar parte da pressão sobre as contas externas, mas alertam para impactos imediatos no custo de vida das famílias.

Apesar das projeções da consultora, nem o FMI nem o Governo moçambicano confirmaram qualquer exigência ligada à desvalorização. As autoridades nacionais têm reiterado que as decisões cambiais serão tomadas com base na estabilidade económica e na protecção do poder de compra dos cidadãos.

As negociações entre Moçambique e o FMI deverão continuar nas próximas semanas, altura em que poderão surgir novos esclarecimentos sobre as medidas previstas para reforçar o programa económico do país. Por agora, a possibilidade de desvalorização permanece como uma previsão técnica — e não como uma decisão oficial.

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