
O ambiente nas forças de segurança moçambicanas continua tenso após o assassinato da Superintendente Leonor Célia Inguane, ocorrido na noite de quinta-feira (23 de outubro), na Matola-Gare, província de Maputo.
A oficial, recentemente nomeada Comandante Distrital de Marracuene, foi alvejada mortalmente à queima-roupa, num crime que apresenta características de execução premeditada.
O caso ganhou novos contornos após a circulação de um vídeo publicado a 16 de outubro de 2025 pelo cidadão português Velha Chica (CV) — uma semana antes do homicídio —, no qual o autor fazia declarações polémicas sobre o antigo Comandante-Geral da PRM, Bernardino Rafael, e supostos planos de morte dentro da corporação.
Declarações antecipadas, realizadas e não confirmadas
No vídeo, Velha Chica afirmou que Bernardino Rafael teria três esposas (em Maputo, Gaza e Cabo Delgado) e que uma delas teria contratado um “esquadrão da morte” para o eliminar, alegando que o antigo comandante estaria a planear “virar o jogo” contra a mesma.
As declarações, feitas dias antes da morte de Leonor Inguane — esposa de Bernardino Rafael —, estão agora a ser revistas com perplexidade e preocupação nas redes sociais.
Contudo, não há qualquer confirmação oficial que sustente as alegações, e nenhuma prova pública foi apresentada para comprovar o que o comentador dizia mas o caso de assassinato comprovou-se.
As autoridades moçambicanas ainda não comentaram a existência do vídeo nem as declarações nele contidas.
O assassinato de Leonor Célia Inguane soma-se a outros homicídios de agentes da PRM registados recentemente em Maputo e Matola, o que tem criado um clima de medo e desconfiança dentro das forças de segurança moçambicanas.
“País de malucos, delinquentes e assassinos. Matam-se entre eles… traição na corporação… afinal, quem é o polícia?”, lê-se num dos comentários que circulam nas redes sociais desde o crime.










