
Moçambique ocupa o segundo lugar entre os países com maior taxa de pobreza extrema do mundo, com 82,2% da população a viver com menos de 3 dólares por dia, segundo dados recentes do Banco Mundial e do portal internacional de estatísticas Our World in Data.
O ranking, que analisa a proporção da população em situação de extrema pobreza, coloca o país logo atrás da República Democrática do Congo (RDC), onde 85,3% das pessoas vivem nas mesmas condições.
O estudo baseia-se na Paridade do Poder de Compra (PPC), um indicador que ajusta o valor do dólar ao custo de vida local, refletindo de forma mais fiel a realidade económica das famílias.
Na África Subsaariana, onde vivem mais de 559 milhões de pessoas em extrema pobreza, Moçambique destaca-se entre as nações mais afetadas, ao lado do Malawi (75,4%), Burundi (74,2%), Zâmbia (71,7%) e República Centro-Africana (71,6%).
Economistas apontam que a pobreza persistente no país é consequência de baixos níveis de industrialização, fraca diversificação económica, vulnerabilidade climática e desigualdade social acentuada.
Apesar de esforços do Governo e de parceiros internacionais para reduzir os níveis de pobreza, os progressos permanecem lentos e desiguais entre as regiões, especialmente nas zonas rurais, onde a maioria da população depende da agricultura de subsistência.
Especialistas alertam que, sem reformas estruturais profundas e um investimento robusto em educação, emprego e infraestruturas, Moçambique poderá continuar entre os países mais pobres do planeta nas próximas décadas. Continue lendo
Fonte: Banco Mundial (World Development Indicators) e Our World in Data, dados de 2021–2024.










