Relatórios russos indicam que a Força Aérea do país sofreu perdas significativas após uma série de ataques coordenados atribuídos à Ucrânia. Pelo menos 18 bombardeiros estratégicos Tu-95 e Tu-22 — avaliados em 250 milhões e 350 milhões de dólares, respetivamente — foram destruídos, bem como duas aeronaves A-50 AWACS, fundamentais para o comando e controlo aéreo da Rússia, avaliadas em 350 milhões de dólares cada.
O prejuízo total estimado ronda os 6 mil milhões de dólares, segundo fontes militares russas não identificadas. As perdas deixam a Rússia com apenas uma aeronave A-50 operacional, reduzindo drasticamente a sua capacidade de alerta e vigilância aérea num momento crucial do conflito.
A ofensiva, batizada pela Ucrânia como “Operação Teia de Aranha”, envolveu o uso de drones em ataques secretos contra várias bases aéreas russas. Imagens de satélite divulgadas recentemente mostram o antes e o depois das instalações militares visadas, confirmando a gravidade dos danos.
O ataque ocorre em paralelo com as negociações de paz em curso, mas as perspetivas de um acordo parecem distantes. A agência estatal russa TASS divulgou uma lista de exigências do Kremlin que inclui a aquisição de mais territórios ucranianos, o desarmamento completo da Ucrânia e a revogação de todas as sanções internacionais impostas à Rússia — condições consideradas inaceitáveis por Kiev e pelos seus aliados ocidentais.
Enquanto os líderes mundiais tentam mediar uma saída diplomática para o conflito, os últimos acontecimentos demonstram que ambas as partes continuam a investir fortemente no campo de batalha — com impacto geopolítico e militar cada vez mais profundo.