A Rússia emitiu esta terça-feira um alerta urgente aos seus cidadãos para que abandonem o território israelita “o mais brevemente possível”, invocando riscos crescentes de uma escalada militar na região. A recomendação surge na sequência de um aviso semelhante emitido pela China no dia anterior.

De acordo com a nota divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, os cidadãos devem optar preferencialmente por rotas terrestres, através da Jordânia ou do Egipto, considerando a possibilidade de restrições futuras no espaço aéreo israelita. Moscovo apelou ainda à “máxima cautela” e ao acompanhamento contínuo das informações emitidas pelas embaixadas locais.

A decisão surge num momento de elevada tensão no Médio Oriente, com receios de que o confronto entre Israel e o Irão possa escalar para um conflito regional de grandes proporções. Nas últimas semanas, registaram-se múltiplos episódios de confrontos diretos, ataques aéreos e trocas de ameaças entre Telavive e Teerão, bem como movimentações de grupos aliados, como o Hezbollah no Líbano e milícias apoiadas pelo Irão na Síria.

Entretanto, o governo israelita não se pronunciou sobre os alertas internacionais, mas reforçou os protocolos de segurança em zonas próximas da Faixa de Gaza e da fronteira norte.

Especialistas alertam que o aumento dos avisos de evacuação por parte de potências como a China e a Rússia poderá indiciar um agravamento iminente da situação militar na região. Organismos internacionais, como a ONU, apelam à contenção e ao diálogo urgente entre as partes envolvidas.