A Shoprite Holdings, considerada a maior rede de supermercados da África do Sul, anunciou que Moçambique integra a lista de países em avaliação para possível encerramento de atividades. A informação foi avançada pelo presidente executivo da empresa, Pieter Engelbrecht, à agência Reuters.
A retalhista expandiu-se de forma significativa no continente africano, superando concorrentes como Pick n’ Pay e Massmart (propriedade da Walmart), tornando-se líder na distribuição alimentar em 15 países. Contudo, nos últimos cinco anos, a empresa tem revisto as suas operações fora da África do Sul devido à instabilidade económica, volatilidade cambial e inflação elevada.
Segundo Engelbrecht, o modelo de negócio da Shoprite enfrenta dificuldades em vários mercados, especialmente aqueles com rendimentos mais baixos e elevada pressão inflacionária. Em agosto, a rede já tinha anunciado o fecho de lojas no Gana e no Malawi, depois de abandonar também a Nigéria, a República Democrática do Congo, o Uganda e Madagáscar.
Apesar dos desafios, a Shoprite continua presente em 268 lojas espalhadas por sete países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). Porém, Engelbrecht sublinha que Moçambique está sob “alerta vermelho”, podendo sofrer consequências semelhantes.
“As desvalorizações cambiais, a alta inflação e as dificuldades de política monetária e fiscal tornam o ambiente de negócios pouco favorável. Sem soluções, Moçambique poderá entrar em sérios apuros”, destacou o gestor.
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