A Tanzânia vive uma das mais graves crises da sua história recente, com a oposição a denunciar a morte de mais de 700 pessoas em confrontos com as forças de segurança durante e após as eleições gerais de 29 de Outubro.
Apesar do bloqueio quase total da internet, vídeos que mostram alegadas ações brutais da polícia começaram a circular em plataformas alternativas, incluindo um canal de Telegram dedicado a divulgar informações sobre a crise.
De acordo com relatos locais, as forças de segurança terão usado munições reais e gás lacrimogéneo para dispersar manifestantes em várias cidades, entre elas Dar es Salaam, Arusha e Mwanza. Muitos cidadãos protestavam contra o que consideram ter sido uma “fraude eleitoral” que garantiu a reeleição da presidente Samia Suluhu Hassan.
Fontes ligadas à oposição afirmam que o governo restaurou temporariamente o acesso à internet apenas para anunciar os resultados eleitorais, voltando a suspendê-lo horas depois. Monitorizações independentes mostram que o tráfego online caiu mais de 90% em todo o país, deixando milhões de pessoas sem acesso a notícias ou redes sociais.
Organizações de direitos humanos, como a Amnistia Internacional e a Human Rights Watch, exigem uma investigação internacional urgente, alertando que o país pode estar a viver um “massacre encoberto”. Clique aqui para encontrar o link
O canal onde estão a ser partilhados os vídeos e denúncias encontra-se referido no final deste artigo: t.me/informationhubzimbabwe.
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