
O antigo vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, faleceu este domingo, 3 de novembro de 2025, aos 84 anos, devido a complicações cardíacas e respiratórias, anunciaram fontes familiares citadas pela Reuters e Associated Press.
Cheney, que serviu como vice-presidente entre 2001 e 2009, durante a administração de George W. Bush, foi uma das figuras mais poderosas e controversas da política norte-americana das últimas décadas. O seu papel após os atentados de 11 de setembro de 2001 foi determinante na formulação da chamada “Doutrina Cheney”, que defendeu ações militares preventivas e justificou a invasão do Iraque em 2003.
Antes de chegar à vice-presidência, Dick Cheney ocupou diversos cargos de destaque em Washington: foi secretário da Defesa entre 1989 e 1993, sob a presidência de George H. W. Bush, tendo liderado a Guerra do Golfo contra o Iraque de Saddam Hussein. Também serviu como chefe de gabinete da Casa Branca e congressista pelo Wyoming.
Conhecido pela sua postura reservada e visão conservadora, Cheney foi considerado por muitos o verdadeiro estratega da administração Bush, influenciando fortemente as políticas de segurança nacional e combate ao terrorismo. Contudo, a sua imagem ficou marcada por críticas à condução das guerras no Médio Oriente e pela defesa de técnicas de interrogatório consideradas tortura.
Após deixar o cargo, manteve uma presença discreta na vida pública, apoiando ocasionalmente candidatos do Partido Republicano e manifestando divergências com figuras mais recentes, incluindo Donald Trump.
Dick Cheney deixa a esposa, Lynne Cheney, e duas filhas, Elizabeth e Mary Cheney.
O funeral deverá realizar-se nos próximos dias, em cerimónia reservada à família. Reuters










