Mocuba, Zambézia , 16 de Junho de 2025 — A greve dos professores da Escola Secundária Geral Samora Machel, no distrito de Mocuba, província da Zambézia, entrou esta segunda-feira na sua segunda semana consecutiva, sem qualquer sinal de resolução à vista.

Os docentes reivindicam o pagamento de horas extras em atraso desde 2022 até ao presente ano de 2025. Segundo os grevistas, os apelos feitos às autoridades educacionais, tanto a nível distrital como provincial, continuam sem resposta concreta.

“A situação tornou-se insustentável. Estamos a exigir apenas aquilo que é nosso por direito. Já passaram vários anos e continuamos a trabalhar além da carga horária sem qualquer compensação”, declarou um dos professores, sublinhando que a paralisação continuará por tempo indeterminado.

A suspensão das aulas está a afectar centenas de alunos, muitos dos quais se aproximam dos exames de fim de ciclo. Encarregados de educação mostram-se preocupados com o impacto da greve no aproveitamento pedagógico dos seus filhos.

Até ao momento, a Direcção Provincial da Educação e a direcção da escola ainda não emitiram nenhum comunicado oficial sobre os próximos passos para solucionar o impasse.

A continuidade da greve expõe fragilidades no sistema de gestão do sector da Educação em Moçambique, particularmente no que diz respeito à valorização e aos direitos dos profissionais do ensino.