
Trump teria rejeitado plano de Israel para assassinar o líder supremo do Irão, Ali Khamenei

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terá recusado um alegado plano israelita para assassinar o líder supremo do Irão, aiatolá Ali Khamenei, durante o seu mandato, de acordo com uma autoridade norte-americana citada pela BBC.
Segundo a mesma fonte, a proposta partiu do governo israelita durante conversações de alto nível entre os dois aliados. No entanto, Trump terá argumentado que matar Khamenei “não é uma boa ideia”, uma vez que, à data, os iranianos “ainda não tinham morto nenhum americano”. A decisão visava evitar uma escalada militar e manter abertas as portas para possíveis negociações nucleares com Teerão.
A revelação surge num momento de elevada tensão no Médio Oriente, após anos de confrontos indiretos entre Israel e o Irão, nomeadamente na Síria e através de ataques cibernéticos.
O conselheiro de segurança nacional israelita, Tzachi Hanegbi, já reagiu à notícia, desmentindo as alegações e classificando-as como “notícias falsas”. Ainda assim, outras fontes ligadas à diplomacia israelita confirmaram que Khamenei era considerado um alvo potencial em cenários de resposta militar.
Este episódio expõe as divergências estratégicas entre Washington e Telavive no que diz respeito ao Irão. Enquanto Israel tem adoptado uma postura de confronto direto, os EUA sob Trump optaram, em alguns momentos, por contenção tática.
Embora Trump tenha ordenado o assassinato do general iraniano Qassem Soleimani em Janeiro de 2020, o caso de Khamenei — com o risco de mergulhar a região numa guerra aberta — terá pesado de forma diferente na balança estratégica da Casa Branca.
A divulgação deste episódio acrescenta mais uma camada ao debate sobre o papel dos Estados Unidos no equilíbrio de forças do Médio Oriente e o grau de influência que Israel tem — ou não — sobre decisões de segurança de Washington.

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