O financiamento destinado ao segundo partido mais votado nas últimas eleições gerais em Moçambique, o PODEMOS, continua a ser depositado na conta de Ossufo Momade, presidente da RENAMO, que atualmente ocupa o terceiro lugar na representação parlamentar.
A denúncia foi feita pelo líder do PODEMOS, Albino Forquilha, que contesta a retenção dos fundos e das regalias a que o seu partido tem direito por lei, enquanto legítimo detentor da segunda posição no xadrez político nacional.
Segundo fontes parlamentares, o Gabinete da Assembleia da República ainda não procedeu à atualização administrativa das posições partidárias após os resultados eleitorais, o que faz com que a RENAMO continue a beneficiar dos subsídios e privilégios atribuídos ao segundo maior partido.
Além da questão financeira, a RENAMO mantém-se instalada na sala que deveria ser cedida ao PODEMOS, situação que tem gerado desconforto e críticas dentro e fora do Parlamento.
Albino Forquilha exige a regularização imediata da situação e a transferência dos fundos e regalias para o seu partido, sublinhando que “a vontade do povo expressa nas urnas deve ser respeitada e traduzida em actos administrativos coerentes”.
Até ao momento, nem a Assembleia da República nem a RENAMO se pronunciaram oficialmente sobre o caso.
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