Uma nova variante do coronavírus, identificada como NB.1.8.1, tem chamado a atenção nos Estados Unidos, não tanto pela sua gravidade, mas por um sintoma particularmente desconfortável: uma dor de garganta intensa, descrita por pacientes como semelhante a “engolir lâminas de barbear” — o que lhe valeu o apelido informal de “razor blade throat” (garganta lâmina).

Segundo dados da base global de sequenciação genómica GISAID, a variante já foi detectada em vários estados norte-americanos, incluindo Nova Iorque, Illinois, Texas e Califórnia.

Apesar do desconforto relatado por quem contraiu esta estirpe, especialistas ouvidos pela ABC News garantem que não há razão para alarme neste momento. “Não estamos a ver sinais de que esta variante seja mais perigosa ou que provoque casos mais graves do que as anteriores”, afirmou um epidemiologista consultado pela cadeia norte-americana.

O que se sabe até agora:
A NB.1.8.1 é uma subvariante do SARS-CoV-2 com alta taxa de transmissibilidade, mas que, até ao momento, não demonstrou aumento na gravidade dos casos clínicos.

O sintoma mais comum relatado é uma dor de garganta aguda e persistente, muitas vezes o primeiro sinal da infeção.
Vacinas continuam eficazes na prevenção de formas graves da doença, segundo autoridades de saúde.

Os métodos de proteção recomendados mantêm-se inalterados: uso de máscara em locais fechados ou com aglomeração, higienização frequente das mãos, testagem em caso de sintomas e vacinação actualizada.

As autoridades de saúde norte-americanas continuam a monitorizar a evolução da nova variante, enquanto recomendam que a população permaneça atenta, mas não entre em pânico.

Vigilância internacional
Ainda não há registos públicos de circulação da variante NB.1.8.1 fora dos Estados Unidos. No entanto, dada a globalização e a mobilidade das populações, os especialistas recomendam vigilância epidemiológica ativa em todos os países.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não classificou esta subvariante como preocupante, mas está a acompanhar de perto os seus efeitos e evolução.

“Enquanto a pandemia de COVID-19 já não representa a emergência global que foi em 2020, o vírus continua a circular e a adaptar-se. É fundamental mantermos a vigilância, sobretudo em relação a sintomas novos ou inesperadamente fortes”, alertou um responsável de saúde pública norte-americano.