
Escândalo eleitoral: 7 mil fantasmas no cadastro e Victorino paga só 36 mil meticais

O Tribunal Judicial da Cidade de Quelimane proferiu, ontem quinta-feira (19), a sentença sobre o caso relacionado com a violação dos mapas e o aumento fraudulento de mais de 7 mil eleitores fantasmas nos cadernos de recenseamento eleitoral referentes às eleições de 2023.
Victorino de Azevedo, técnico informático responsável pela área de tratamento de dados no STAE-Quelimane, foi condenado a 365 dias de prisão, pena que será convertida em multa diária de 100 meticais, equivalente a 36.500,00MT (Trinta e Seis Mil, Quinhentos Meticais). O réu foi considerado culpado por inserção fraudulenta de dados nos cadernos eleitorais, comprometendo a integridade do processo eleitoral.
Durante o julgamento, ficou provado que Victorino elaborou os mapas manipulados e os submeteu aos seus superiores para assinatura e envio à sessão deliberativa do STAE, sem revelar que havia incluído números falsos para inflacionar o número de eleitores inscritos.
Por outro lado, os co-arguidos Assane Ussene (ex-diretor do STAE em Quelimane) e Zacarias Inácio Muheia foram absolvidos, uma vez que o tribunal concluiu que não tinham responsabilidade direta na elaboração dos mapas e não houve provas que os implicassem na manipulação dos dados.
O desfecho do caso levantou sérias preocupações quanto à fiabilidade dos processos eleitorais. A decisão do tribunal gerou revolta entre os munícipes, que saíram às ruas em protesto, considerando a pena aplicada “insignificante” face à gravidade do crime cometido. Chuabo News

Publicar comentário