
Um fenómeno social tem gerado preocupação nas comunidades de em Maputo, onde mulheres envolvidas na prostituição desenvolveram um sistema de venda de serviços sexuais descrito como “avançado” e surpreendentemente aberto. Diferentemente do que era comum, as atividades deixaram de ser realizadas às escondidas e agora ocorrem em plena luz do dia, com uma tabela de preços fixa e publicamente divulgada, que varia conforme o tipo de serviço e o perfil do cliente.
Segundo relatos locais, as trabalhadoras do sexo estabeleceram uma lista detalhada de preços para diferentes práticas, com valores que chamam a atenção pela organização e transparência. Por exemplo, a posição conhecida como “frango grelhado” custa 250 meticais, enquanto o serviço de “papa e mama” é oferecido por 100 meticais. A prática, que se tornou mais visível, tem causado desconforto em parte da população, que teme os impactos sociais, culturais e de saúde pública na região.
Autoridades locais ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o caso, mas líderes comunitários expressam preocupação com a normalização do fenómeno, especialmente em áreas onde a influência de valores tradicionais ainda é forte. Residentes relatam que a exposição pública do sistema, embora organizada, pode contribuir para o aumento de tensões sociais e para a vulnerabilização de mulheres em contextos de pobreza e instabilidade.
Organizações de defesa dos direitos das mulheres têm alertado para a necessidade de abordar as causas estruturais que levam à prostituição, como a falta de oportunidades económicas e a violência na região, caso este que o governo nunca levou com seriedade. Enquanto isso, a comunidade permanece dividida entre a reprovação do sistema e a discussão sobre como lidar com a realidade social que ele expõe.
A situação continua a ser monitorada, com apelos para que o governo e a sociedade civil intervenham com políticas públicas que promovam alternativas económicas e proteção social às mulheres envolvidas.
EDITADO: MAPUTO, NÃO CABO DELGADO.