A Espiã por trás da ONG no Burkina Faso, Claire Dubois, uma mulher francesa na casa dos 30 anos, chegou ao Burkina Faso fazendo-se passar pela diretora de uma ONG ocidental chamada Hope Forward, que afirmava apoiar a educação de meninas e a saúde das mulheres.
Ela apresentou-se como uma humanitária focada em ajudar mulheres africanas, visitando aldeias, escolas e mercados, e elogiando a liderança do Burkina Faso na televisão estatal.
No entanto, por trás desta fachada, Dubois estava envolvida em espionagem. Ela estava a reunir informações sobre locais militares, incluindo centros de treino militar, instalações de petróleo e postos de monitorização de drones, sob o disfarce de trabalho humanitário.
Ela carregava dois telemóveis – um público e um para comunicação segura – e enviava e-mails encriptados contendo mapas detalhados e imagens de satélite de locais militares sensíveis para contactos ligados à NATO e a serviços de inteligência estrangeiros.
Os serviços de inteligência do Burkina Faso já tinham sinalizado as suas atividades e monitorizado as suas comunicações. O presidente Ibrahim Traoré permitiu que ela continuasse a reunir provas da sua verdadeira missão. Tudo terminou quando o presidente decidiu expor ela, publicamente numa Conferência Nacional sobre Soberania Africana, onde o presidente apresentou os seus próprios documentos classificados e e-mails ao vivo no palco, revelando as suas atividades de espionagem ao mundo.
Ela foi apanhada de surpresa pela exposição e, mais tarde, detida discretamente pelo governo.
Apesar da pressão diplomática por uma resolução tranquila, o presidente Traoré insistiu na transparência e na justiça, enfatizando a traição de confiança envolvida.