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Corrupção no Poder: Professores de Zambézia Esperam Salários desde 2022

Em um relato anônimo, uma funcionária pública do distrito de Molumbo, na província da Zambézia, revelou uma situação crítica enfrentada por ela e seus colegas: atrasos salariais que chegam a seis meses no seu caso e até nove meses para outros trabalhadores. A denúncia, enviada por uma professora afeta ao setor da educação, expõe ainda práticas de corrupção dentro das instalações administrativas locais, onde documentos só avançam mediante pagamento de subornos, popularmente chamados de “beber água”. 

De acordo com a funcionária, o governo provincial e central não se pronunciaram sobre o pagamento dos salários em atraso desde 2022, apesar das garantias da ministra responsável de que todas as dívidas salariais teriam sido quitadas, restando apenas horas extras e turnos. “Mesmo esses turnos e horas extras, existem escolas que não receberam valor algum desde 2022 até agora”, destacou a denunciante. 

 Corrupção no Poder: Professores de Zambézia Esperam Salários desde 2022
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A mensagem do denunciante


A situação não se limita a Molumbo. A fonte afirma que outros distritos da Zambézia enfrentam problemas similares, com trabalhadores do Estado sem receber seus vencimentos há meses, comprometendo suas condições de vida e a qualidade do serviço público, especialmente na educação. 

Corrupção Sistêmica 
Além dos atrasos salariais, a denúncia aponta para um cenário de corrupção enraizada. “Qualquer movimentação administrativa tem de se pagar algo. Aqui nenhuma documentação dentro das instalações avança sem ‘beberem água'”, relatou a funcionária, usando uma expressão comum para se referir a subornos. 

O anonimato foi solicitado por medo de represálias, um reflexo do clima de intimidação que muitos servidores públicos enfrentam ao tentar expor irregularidades. 

Resposta das Autoridades
Até o momento, não houve pronunciamento oficial do governo da Zambézia ou do Ministério da Educação sobre as acusações. A população e os trabalhadores afetados esperam que as autoridades tomem medidas urgentes para resolver os atrasos salariais e investiguem as denúncias de corrupção. 

Enquanto isso, a situação continua a afetar não apenas os funcionários, mas também os alunos e comunidades que dependem dos serviços públicos essenciais, como a educação. 

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