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Seguranças de fábrica clandestina de óleo em Nacala agridem jornalistas

O pessoal de segurança da empresa Front Risk Solutions, responsável por guardar as instalações da fábrica clandestina de óleo olimentar “Super Vega” agrediu a equipa de jornalistas da Woona TV, Sérgio Fernando e Édio Fernando, que se encontrava no local para colher informações sobre o funcionamento daquela unidade industrial.
A Inspectora-geral da Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE), Maria Rita Freitas, emitiu no dia 16 de Abril um comunicado dando conta que em Nacala-porto, na província de Nampula, existe uma fábrica clandestina de óleo alimentar de marca SUPER VEGA.


O documento indica que a fábrica é ilegal e o óleo alimentar está a ser produzido sem a observância do controlo de qualidade prévio pelo Ministério da Saúde. O rótulo comercial que apresenta o produto não foi aprovado pelas autoridades, o seu conteúdo nutricional não foi aprovado pela entidade competente, para além de que não foi autorizado a usar o selo “Made in Mozambique”.
Estes e outros requisitos, legalmente, impostos não estão a ser observados. Por isso, a INAE decidiu suspender de forma imediata a produção do referido óleo alimentar e ordenou a retirada do produto no mercado nacional.
E por ser um produto suspeito para o consumo humano, as delegações provinciais da Inspecção Nacional das Actividades Económicas foram orientadas a apreenderem o óleo alimentar e submeter as amostras ao laboratório para efeitos de controlo da qualidade.


E no exercício das suas actividades, a equipa da Woona Tv dirigiu-se ao local onde funciona a fábrica para apurar o nível de cumprimento da nota da Inspecção Nacional das Actividades Económicas. No portão da instituição, foram proibidos pelos seguranças de entrar no recinto da fábrica, ao que concordaram, reconhecendo que os gestores da empresa são livres e possuem autonomia de aceitar ou negar a presença de pessoas estranhas ao serviço.
Entretanto, posicionados, com o equipamento do lado de fora do quintal para fazer um semi-directo que testemunha-se a presença deles no local, a segurança abordou o operador de cámera com ordens para forçar a interromper o trabalho.

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“É isto que aconteceu, enquanto estávamos a gravar. Cinco agentes da segurança privada vieram para impedir o nosso trabalho. Tentaram apreender o nosso material e nós resistimos. Foi durante esse exercício que o equipamento da Woona TV ficou neste estado. Foi danificado completamente”, conta Sérgio Fernando, jornalista da Woona Tv.


Este acto não foi suficiente. Este segurança com o rosto encapuzado, tirou a arma de fogo e disparou um tiro para o ar. A ideia era de intimidar aos jornalistas. Foi também solicitado o reforço dos agentes de segurança, os quais voltaram a agredir os jornalistas da Woona TV em pleno asfalto da Estrada Nacional Número 8.
A Woona TV participou o caso junto das autoridades da justiça para apurar o nível de culpa e a consequente responsabilização dos agentes que protagonizaram os actos de agressão física. (Redação)

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