Qui. Mai 8th, 2025

O que teria acontecido para os filhos desses três enganar BCI e contrair dívida milionária

Há cerca de três anos, Venâncio Mondlane, VM7, denunciava numa LIVE, no meio da bem Cheirosa Flora do Jardim  Dona Berta, um dos maiores escandalos e promiscuidade entre o poder judicial e o Executivo: a vergonhosa realidade de milhares de crianças a estudarem no chão, num país com vastas florestas. No centro do problema, a prometida produção de carteiras escolares anunciada pelo ex Presidente Filipe Nyusi,  850 mil carteiras até ao fim do seu mandato, tornou-se símbolo do fracasso estatal e do nepotismo institucionalizado.

O concurso público lançado em 2018 para produzir as carteiras, orçado em 34 milhões de dólares, foi atribuído a três empresas, entre as quais a Luxoflex, ligada directamente à filha do Presidente Nyusi, Cláudia Nyusi, e ao filho da actual Presidente do Conselho Constitucional, Hipólito Ribeiro Ussene. Uma aliança silenciosa entre filhos do Executivo e do Judiciário.

Resultado? As carteiras produzidas foram reprovadas pelo próprio Ministério da Educação por falta de qualidade. Contudo, não houve responsabilização, nem devolução dos fundos públicos, provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável, tutelado por Celso Correia.

Hoje, com a revelação de que Hipólito Ribeiro Ussene acumula uma dívida superior a 300 milhões de meticais ao BCI, e encontra-se desaparecido, a verdade ganha novo fôlego: o mesmo nome envolvido no escândalo das carteiras agora está no centro de mais uma crise de integridade institucional.

Enquanto os filhos do poder enriquecem sem consequências, o povo continua a sofrer os efeitos de um sistema capturado por interesses familiares. Até quando Moçambique será refém de elites que usam o Estado como extensão dos seus privilégios?

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