Sáb. Mai 17th, 2025

Solenta Aviation e Fast Jet Retomam Voos Domésticos em Moçambique a Partir de Junho Deste Ano

O espaço aéreo moçambicano vai receber um novo impulso na aviação civil em Junho deste ano, com o regresso da Solenta Aviação Moçambique, agora em parceria com a Fast Jet, que vai começar a operar voos domésticos regulares com aviões Embraer 145. Esta notícia representa o fim efectivo do monopólio das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), numa altura crítica em que a companhia de bandeira se encontra em falência técnica e incapaz de responder às necessidades dos utentes.

A informação foi confirmada ao TORRE.News pelo presidente do Conselho de Administração do Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM), João de Abreu, nesta quinta-feira (15), que destacou os avanços registados no sector.

“Esta [Solenta Aviation Moçambique] é uma empresa que suspendeu as actividades em 2021 por vários motivos e agora quer retornar ao mercado. Como regulador, autorizámos e, em princípio, devem começar a voar em Junho”, afirmou o responsável

Para João de Abreu, a entrada de um novo operador representa um ganho significativo para os passageiros, que até agora estavam dependentes exclusivamente da LAM, marcada por episódios de má gestão, cancelamentos de voos e inúmeras reclamações.

“Os passageiros ganham quando há concorrência. Terão finalmente a oportunidade de escolher e, com isso, poderão também beneficiar de melhores tarifas e de uma melhor qualidade de serviço”, sublinhou o responsável.

Apesar de ainda não ter sido revelado o número de aeronaves envolvidas na fase inicial, João de Abreu garantiu que o processo de certificação está em curso e assegurou que as companhias são robustas, seguras e têm a estrutura correcta para operar em Moçambique. “O nosso papel é garantir que os passageiros tenham bons serviços, e isso começa com operadores com credibilidade e capacidade operacional”, sublinhou.

Relativamente aos preços, o PCA destacou que as tarifas aéreas no País foram liberalizadas, mas há um esforço para garantir que os preços praticados sejam justos e sustentáveis. No que respeita à capacidade dos aeroportos nacionais, o responsável garantiu que todos estão preparados para receber mais tráfego e mais companhias, tanto para voos domésticos como internacionais.

Para além da Solenta e da Fast Jet, outras transportadoras estrangeiras como a Air France, Emirates e Air Link também já manifestaram interesse em operar em Moçambique, juntando-se a companhias já em operação como a TAAG, TAP, Qatar Airways, Turkish Airlines e Kenya Airways, que regressou recentemente ao País. DE

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