
RENAMO em Maputo Medeia Crise de Transportes Após Paralisações de Operadores Ilegalizados

A Bancada Municipal da RENAMO na capital moçambicana mobilizou-se para enfrentar a crise de transporte público que aflige milhares de munícipes, após operações de fiscalização que interditaram operadores informais. A ação parlamentar, liderada pelo chefe da bancada, Sunil Randasse, buscou diálogo direto com entidades do setor para pressionar por soluções urgentes.
A recente proibição da atividade de transportadores não licenciados – medida alinhada com políticas municipais de ordenamento – gerou caos em corredores essenciais da cidade, com redução drástica de oferta de viaturas. O impacto recaiu sobre trabalhadores, estudantes e comerciantes, que enfrentam atrasos sistemáticos e rotinas comprometidas.
Mediação Política em Andamento
Em resposta, a bancada da RENAMO, autointitulada “voz legítima dos munícipes”, iniciou um trabalho de auscultação junto a cooperativas, associações de motoristas e passageiros. “Não nos limitamos a criticar. Fomos às bases mapear as falhas do sistema e propor alternativas viáveis ao executivo municipal”, declarou Randasse à imprensa.
O líder oposicionista comprometeu-se a “defender incansavelmente o interesse popular” e adiantou que as demandas colhidas serão formalizadas em breve na Assembleia Municipal. Entre os pontos críticos estão:
1. Regularização progressiva de operadores informais;
2. Reforço imediato de frota legalizada em rotas estratégicas;
3. Revisão de critérios para concessão de licenças.
Raízes da Crise
Fontes do setor apontam que a fiscalização – embora necessária – expôs a dependência histórica de Maputo em relação ao transporte semi-legal, que supre lacunas do sistema formal. “A ilegalidade não se resolve com proibições abruptas, mas com políticas inclusivas”, argumentou um representante de mototaxistas ouvido pela RENAMO.
Randasse confirmou que buscará uma sessão extraordinária com o Conselho Municipal para apresentar um plano de contingência. “O executivo não pode ignorar o colapso social gerado por esta transição desestruturada”, alertou.
A bancata reforçou que a prioridade é restabelecer a mobilidade urbana sem prejudicar milhares de trabalhadores informais que dependem da atividade.
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