
Político foi submetido a Termo de Identidade e Residência após interrogatório centrado em manifestações.
O político moçambicano Dinis Tivane foi oficialmente constituído arguido no passado dia 24 de abril e, nesta segunda-feira, prestou declarações no primeiro interrogatório realizado pelo Gabinete Central de Combate ao Crime Organizado e Transnacional (GCCCOT), sediado no edifício da Procuradoria-Geral da República (PGR), em Maputo.
Apesar de ter comparecido às 9h00, o interrogatório teve início apenas às 9h45, prolongando-se por cerca de nove horas. Durante a sessão, as autoridades concentraram-se em questionamentos relacionados às manifestações recentemente ocorridas no país.
Ao final da diligência, Dinis Tivane foi admoestado com a aplicação da medida de coação de Termo de Identidade e Residência (TIR), procedimento considerado “natural” em situações deste tipo. A medida é semelhante à imposta anteriormente ao engenheiro e político Venâncio Mondlane.
Em comunicação dirigida aos seus apoiantes, Tivane reafirmou a sua dedicação à causa nacional, concluindo com um apelo emocionado: “Este país é nosso. Salve Moçambique.”
O processo de Dinis Tivane acontece num momento de crescente tensão política e social em Moçambique, marcado por manifestações e fortes mobilizações da sociedade civil.