
Maputo (MozToday)– O ativista e comentarista Albino Manguene voltou a fazer duras declarações nas redes sociais nesta semana, afirmando que está a ser alvo de uma série de perseguições políticas e judiciais, após sobreviver a um atentado e enfrentar investigações por parte do SERNIC. Segundo ele, o mais recente episódio envolve uma convocatória da Procuradoria da Cidade de Maputo para uma audição marcada para sexta-feira, às 13 horas.
“Depois de sobreviver ao atentado, depois o SERNIC, agora me esperam na Procuradoria da Cidade”, escreveu Manguene em tom de desabafo. O ativista afirma que até hoje desconhece o desfecho do processo relacionado ao atentado que sofreu e que também não foi informado sobre o andamento das investigações conduzidas pelo SERNIC. “Agora querem tentar me desgastar na Procuradoria e sem direito a um prévio esclarecimento sobre a razão da minha audição”, denunciou.
Apesar do que considera ser uma tentativa de intimidação, Manguene mantém postura firme: “Como diz o ditado, quem não deve não teme. Seguimos firmes, confiando em Deus e temos total consciência de tudo que falámos — nada mais do que a verdade — e pela verdade vamos nos defender e lutar até ao fim.”
A publicação gerou ampla repercussão entre os seus seguidores e ativistas que o veem como uma voz crítica contra o sistema político moçambicano. Até o momento, a Procuradoria da Cidade não se pronunciou oficialmente sobre o motivo da convocação.
Manguene encerra a mensagem com um aviso direto: “Ao Procurador, até na sexta-feira às 13h.”
O caso levanta preocupações sobre a liberdade de expressão e a proteção de críticos do regime em Moçambique, num contexto cada vez mais tenso para ativistas e figuras públicas independentes.