
Burkina Faso, Moscou – Informações não oficiais sugerem que os serviços de inteligência russos teriam identificado um plano de ataque aéreo contra o presidente interino de Burkina Faso, Ibrahim Traoré. Segundo essas alegações, o atentado estaria sendo arquitetado por um grupo de opositores burquinenses, com o suposto apoio de dois países da União Europeia e envolvimento direto da França.
O plano consistiria em utilizar informações privilegiadas sobre a rota aérea presidencial para interceptar e atacar o avião de Traoré. Em resposta, o presidente russo Vladimir Putin teria aconselhado o líder burquinense a não embarcar na aeronave oficial de seu país. Em vez disso, uma aeronave enviada diretamente de Moscou, escoltada por quatro caças russos, teria sido utilizada para garantir a segurança do chefe de Estado africano.
Até o momento, não houve confirmação oficial por parte dos governos citados, tampouco pronunciamentos públicos de Burkina Faso ou da Rússia sobre o incidente. A situação, no entanto, reforça os laços cada vez mais estreitos entre Ouagadougou e Moscou, num contexto de crescente afastamento das antigas potências coloniais e de realinhamento geopolítico no continente africano.
Burkina Faso vive atualmente um processo de ruptura com o Ocidente, marcado por uma retórica nacionalista e pela chamada “Revolução Progressista”, defendida por Traoré e seus aliados. O país tem buscado novas alianças estratégicas, sobretudo com a Rússia, em meio à instabilidade regional no Sahel.