O governo da China anunciou nesta terça-feira (20.05), uma contribuição adicional de 500 milhões dólares ao longo dos próximos cinco anos para a Organização Mundial da Saúde (OMS), que foi atingida por uma grave crise financeira devido à saída dos Estados Unidos, principal contribuinte da agência até então.
A decisão foi anunciada na reunião anual da OMS em Genebra pelo vice-primeiro-ministro chinês Liu Guizhong, que enfatizou que, com essa contribuição, a China busca garantir que a agência “possa exercer seu mandato de forma independente, profissional e com base científica”.
No biênio 2024-2025, a contribuição dos EUA ultrapassou 700 milhões de dólares, mais de 10% do orçamento geral da OMS, enquanto a contribuição da China foi de cerca de 200 milhões dólares, de acordo com dados da OMS.
Liu disse em seu discurso que o mundo “está enfrentando o impacto do unilateralismo”, algo que também “apresenta desafios para a saúde global”, mas afirmou que, diante disso, a política multilateral “é a maneira de enfrentar as dificuldades e os desafios do mundo”.
Na mesma assembleia plenária da OMS, apesar da retirada dos EUA da organização, o secretário de Saúde dos EUA, Robert F. Kennedy Jr, acusou a agência de atender aos interesses da China.
EFE