
Estado Paga mais de 180 milhões Membros Não Executivos do que a 1.760 Funcionários Públicos

Sete empresas públicas moçambicanas estão a gastar mais de 185 milhões de meticais por ano apenas em salários para 33 membros não executivos dos seus órgãos sociais — um valor que ultrapassa o total pago a 1.760 funcionários públicos da classe mais baixa (1C) durante todo o ano de 2023.
Entre as empresas em destaque estão a Silos e Terminal Graneleiro da Matola, SA (STEMA) e a Imprensa Nacional de Moçambique (INM), que mesmo apresentando resultados líquidos negativos mantêm um número elevado de membros não executivos, com remunerações substanciais.
Este cenário levanta sérias preocupações sobre a racionalização dos recursos públicos, especialmente numa altura em que o país enfrenta restrições orçamentais e a qualidade dos serviços públicos é frequentemente posta em causa. A situação torna-se ainda mais controversa devido à presença significativa de figuras políticas nestes órgãos, cuja nomeação muitas vezes não obedece a critérios transparentes e parece favorecer interesses partidários ou pessoais.
O presente artigo visa lançar luz sobre a relação custo-benefício destes membros não executivos, questionando a pertinência das suas nomeações e o peso financeiro que representam para o erário público, numa altura em que se exige mais responsabilidade e eficiência na gestão dos recursos do Estado.
Informação com CIP
Publicar comentário