
Tudo indica que o polémico concurso público avaliado em cerca de 130 milhões de meticais, recentemente suspenso pelo Ministério da Agricultura, pode voltar a andar. O Instituto de Algodão e Oleaginosas de Moçambique (IAOM) veio a público esclarecer que o processo de contratação da empresa Future Technologies of Mozambique foi conduzido de acordo com os procedimentos legais em vigor e, por isso, é considerado legítimo.
A decisão inicial de suspensão surgiu após denúncias que levantaram suspeitas de irregularidades, sobretudo pelo facto de a empresa vencedora ter sido criada há apenas alguns meses e não apresentar histórico de experiência no sector. Essa situação motivou críticas de organizações da sociedade civil e exigências de investigação por parte do Centro de Integridade Pública (CIP).
Com os novos esclarecimentos do IAOM, cresce a possibilidade de o concurso ser retomado, embora persistam dúvidas em torno da transparência e da idoneidade do processo. Analistas defendem que, mesmo com a validação institucional, é necessário garantir confiança pública e uma fiscalização rigorosa, de modo a dissipar suspeitas de conflitos de interesse.
Enquanto isso, o Ministério da Agricultura ainda não anunciou oficialmente se levantará a suspensão, limitando-se a indicar que a Inspeção-Geral do sector continua a acompanhar o caso.