
Sete cidadãos chineses foram condenados a 20 anos de prisão cada por um tribunal em Joanesburgo, na África do Sul, após serem considerados culpados de tráfico humano, sequestro e exploração laboral. O grupo foi responsabilizado por manter 91 cidadãos malauianos, incluindo menores de idade, a trabalhar em condições análogas à escravidão numa fábrica situada em Village Deep, entre 2017 e 2019.
Resgate chocante em 2019
A investigação teve início após uma operação policial em novembro de 2019, que revelou um cenário de exploração extrema. Os malauianos eram mantidos em dormitórios insalubres, sob vigilância armada, e obrigados a jornadas de trabalho de até 11 horas diárias, sete dias por semana, sem qualquer equipamento de proteção. Muitos relataram terem sido transportados em camiões fechados, sem janelas, desde o Malawi até Joanesburgo, após falsas promessas de emprego.
Condenação exemplar
De acordo com o Ministério do Trabalho sul-africano, os réus enfrentaram 160 acusações criminais, sendo condenados em 158 delas. A juíza responsável pelo caso classificou os crimes como “um dos exemplos mais graves de exploração laboral do país”, sublinhando que a condenação serve de aviso a empregadores que recorrem à exploração de migrantes vulneráveis.
Repercussão internacional
O caso teve ampla repercussão internacional, sendo visto como um marco na luta contra o tráfico de pessoas e a escravidão moderna no continente africano. Organizações de direitos humanos saudaram a sentença, defendendo que a África do Sul precisa reforçar a vigilância em setores onde trabalhadores migrantes são particularmente vulneráveis a abusos.
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