
Video: Troço da EN1 entre o Rio Save e Muxungué está intransitável: veículos atolam-se na lama

Save, 23 de Junho de 2025 – O troço da Estrada Nacional Número Um (EN1), entre o Rio Save e a vila de Muxungué, encontra-se completamente intransitável, colocando em causa a circulação de pessoas e mercadorias entre o centro e o sul de Moçambique. A situação agravou-se com as chuvas recentes, que transformaram o caminho de terra batida numa extensão contínua de lama e buracos, impossibilitando a passagem de viaturas ligeiras e camiões.

Sem qualquer vestígio de alcatrão, esta importante via nacional apresenta-se como um autêntico pântano, onde veículos atolam-se por horas ou mesmo dias. Várias imagens e relatos de motoristas dão conta de longas filas de camiões encalhados, mercadorias em risco de deterioração e passageiros obrigados a percorrer quilómetros a pé, em condições precárias e perigosas.
“Não há estrada. Isto é um sofrimento diário. A lama engole os carros, e ninguém aparece para ajudar”, disse um motorista de transporte de carga que preferiu não ser identificado. Outros relatos falam de idosos, crianças e doentes forçados a caminhar entre charcos e lamaçais, arriscando a saúde e a segurança.
A situação está a ter impactos diretos no abastecimento de bens essenciais às províncias centrais, especialmente Sofala e Manica. Produtos perecíveis estão a estragar-se nas viaturas paradas, enquanto os preços nos mercados locais já começam a subir devido à escassez.
Entretanto, a ausência de intervenções urgentes por parte das autoridades competentes, nomeadamente da Administração Nacional de Estradas (ANE) e do Ministério das Obras Públicas, tem sido alvo de críticas por parte dos utentes da via. A população exige uma resposta rápida e efectiva que permita, pelo menos, garantir transitabilidade mínima enquanto se aguarda uma reabilitação definitiva da estrada.
A EN1 é a principal artéria rodoviária do país, ligando o sul ao centro e norte de Moçambique. O seu colapso, ainda que parcial, representa um duro golpe para a economia nacional e para o quotidiano das populações.
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