Publicidade MozToday - Parceria
Publicidade MozToday - Formatos

ANAMOLA acusa Governo de falhar na protecção das populações de Cabo Delgado e Nampula contra o terrorismo

O Partido ANAMOLA, através do Gabinete do Presidente, divulgou esta segunda-feira uma nota de indignação na qual acusa o Governo de “falência total” na protecção das populações afectadas pelo terrorismo nas províncias de Cabo Delgado e Nampula. A reacção surge após os recentes ataques em Memba, que resultaram em mortes violentas e novas deslocações de famílias.

Na nota, o partido afirma que as atrocidades registadas, incluindo decapitações e destruição de aldeias, revelam a incapacidade do Estado em garantir segurança aos cidadãos. O documento recorda que, desde o início da insurgência em 2017, mais de 4.000 pessoas perderam a vida e cerca de 1 milhão foram forçadas a abandonar as suas casas.

Para o ANAMOLA, as causas da crise vão além da acção dos grupos terroristas. O partido aponta a exploração desenfreada de recursos naturais, a corrupção e a marginalização das comunidades locais como factores que alimentam o conflito. A liderança do partido critica ainda o Governo por, alegadamente, canalizar recursos para “musculação bélica gratuita contra os fracos”, em vez de investir na resolução do problema armado.

A força política garante que, nos próximos dias, irá apresentar propostas consideradas “realistas” para pôr fim ao conflito. Na mesma nota, o partido condena a existência de indivíduos que, segundo afirma, agem de forma “animalésca e desumana” contra a população, tirando partido da falta de controlo do Estado.

O ANAMOLA insta o Executivo a adoptar medidas urgentes, incluindo um plano de protecção mais eficaz e acções de assistência humanitária às vítimas, com abrigo, alimentação e cuidados de saúde. O partido reforça que Moçambique tem a obrigação moral de acolher e apoiar os cidadãos afectados pela violência.

A declaração termina com um apelo à unidade nacional, defendendo que este é o momento de “agir” e de reconstruir um país onde todos tenham o direito de viver em paz. Comunicado

Artigos relacionados