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Ibrahim Traoré mobiliza 2000, mas desta vez não para combater terrorismo

Numa iniciativa inédita e carregada de simbolismo, o Capitão Ibrahim Traoré, líder de transição do Burkina Faso, deu início à formação de 2000 Voluntários para a Defesa da Pátria (VDP) com um novo e surpreendente objetivo: não empunhar armas, mas arar a terra. O propósito? Lutar contra a fome que afecta vastas camadas da população burquinabe.

Contrariando a tradicional função militar dos VDP — normalmente destacados para proteger populações locais contra ataques armados — esta nova missão coloca a segurança alimentar no centro da estratégia nacional. Segundo o governo de transição, os voluntários agora formados irão trabalhar em explorações agrícolas, participar em programas de produção comunitária e ajudar a dinamizar as cadeias locais de abastecimento alimentar.

 Ibrahim Traoré mobiliza 2000, mas desta vez não para combater terrorismo


“Se os nossos camaradas dão as suas vidas no front, nós comprometemo-nos a produzir para alimentar a população”, declarou Fié Moussa Traoré, estagiário do programa VDP e representante dos jovens empreendedores agrícolas, sublinhando o espírito de solidariedade e sacrifício que move os novos recrutas.


A decisão foi amplamente elogiada dentro do país, com diversos sectores da sociedade a reconhecerem nela uma “visão corajosa e pragmática” de liderança. O gesto do Capitão Traoré é visto como um sinal claro de que a soberania alimentar se tornou uma prioridade nacional, num momento em que o Burkina Faso enfrenta os efeitos combinados da insegurança, das alterações climáticas e da instabilidade regional.

“Um imenso obrigado ao Capitão Ibrahim Traoré por esta iniciativa visionária, que prova mais uma vez o seu empenho inabalável no bem-estar do povo burquinabe”, escreveram apoiantes nas redes sociais, acompanhando mensagens de incentivo ao programa.


Com esta medida, o governo de transição pretende não só garantir alimentos à população, mas também criar oportunidades para os jovens e reforçar a coesão nacional através da agricultura.

O sucesso desta nova frente de combate poderá tornar-se um modelo para outros países da região, onde a insegurança alimentar é tão letal quanto qualquer conflito armado. Bobo

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