O Presidente da República, Daniel Chapo, lançou esta segunda-feira, 11 de agosto, em Maputo, o Plano Estratégico 2025–2033 do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), orçado em mais de 88,8 mil milhões de meticais (cerca de 1,3 mil milhões de dólares). O documento define as prioridades para a modernização tecnológica, reforço institucional e combate ao crime organizado, económico-financeiro e transnacional.
Entre os eixos estratégicos destacam-se a formação contínua de quadros, a criação de unidades especializadas para crimes complexos como corrupção, cibercriminalidade e fraude financeira, bem como o reforço da proximidade com os cidadãos para aumentar a confiança no sistema de justiça. O plano prevê ainda mecanismos de contra-inteligência interna para prevenir infiltrações e fortalecer a ética e disciplina no seio da corporação.
O novo ciclo de atuação do SERNIC surge acompanhado de mudanças estruturais, nomeadamente a transferência da tutela do Ministério do Interior para a Procuradoria-Geral da República, medida aprovada recentemente pela Assembleia da República e vista como forma de reforçar a autonomia e a imparcialidade da instituição.
Segundo Daniel Chapo, a iniciativa está alinhada com a Estratégia Nacional de Desenvolvimento 2025–2044 e o Programa Quinquenal do Governo 2025–2029, respondendo aos desafios colocados pela crescente sofisticação das redes criminosas no país. O Chefe de Estado sublinhou que o sucesso do plano dependerá do “fortalecimento da contra-informação, do uso intensivo de tecnologia e da cooperação internacional” para deter as novas ameaças à segurança nacional.
O Plano Estratégico 2025–2033 deverá começar a ser implementado ainda este ano, com prioridade para a aquisição de equipamentos, modernização laboratorial e capacitação de recursos humanos especializados.
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