
O Tribunal Administrativo (TA) revelou um alegado esquema de saque de fundos públicos que envolveu a retirada irregular de 561,7 milhões de meticais das contas do Tesouro moçambicano.
De acordo com o relatório, a verba foi transferida para uma empresa dirigida pelo filho de Lúcia Ribeiro, presidente do Conselho Constitucional, e que contaria com participação indireta da família do presidente Filipe Nyusi. O documento indica que os valores foram concedidos com base em justificações financeiras frágeis e sem a devida verificação pelas autoridades competentes.
Dossiers & Factos
A solicitação de apoio financeiro feita pela empresa foi fundamentada em alegações de dificuldades financeiras, incluindo processos judiciais movidos por credores. Contudo, segundo o TA, não houve qualquer validação formal por parte do Ministério dos Recursos Minerais e Energia, entidade responsável pela supervisão do setor.
O caso, que está a gerar forte controvérsia pública, levanta novas suspeitas de favorecimento político e gestão opaca dos recursos do Estado, num momento em que o país enfrenta sérios desafios económicos e sociais.
O Tribunal Administrativo recomenda agora que sejam apuradas as responsabilidades e reforçados os mecanismos de controlo e transparência na utilização dos fundos públicos, para evitar que situações semelhantes voltem a ocorrer. Continue lendo










